Elaboração, distribuição, informações: Ministério da Agricultura e Pecuária Secretaria de Defesa Agropecuária - SDA Departamento de Serviços Técnicos - DTEC Esplanada dos Ministérios, Bloco D, Anexo, Ala B, 4º andar, sala 433 CEP: 70043-900, Brasília - DF www.agricultura.gov.br e- mail: cgal@agro.gov.br Central de Relacionamento: 0800 704 1995
Equipe Técnica: Ana Cristina Gonçalves Pinto da Rocha
Realizar a padronização, harmonização, atualização e a unificação dos procedimentos para execução de ensaios laboratoriais da área de Diagnóstico Animal
Processo:
Análises Laboratoriais
Entrega:
Segurança e saúde dos rebanhos animais
Público alvo e demais interessados:
Laboratórios oficiais ou credenciados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa)
Versão do documento:
1
Setor responsável e responsabilidades
A Coordenação Geral de Laboratórios Agropecuários do Departamento de Serviços Técnicos é responsável pela elaboração, atualização e envio para aprovação deste manual, tendo responsabilidade quanto aos procedimentos descritos no documento.
O presente manual possui vigência e prazo indeterminado e será revisado sempre que necessário, no mínimo anualmente, pela Coordenação Geral de Laboratórios Agropecuários do Departamento de Serviços Técnicos (CGAL/DTEC).
A gestão desse manual está sob a responsabilidade da CGAL/DTEC que prestará auxílio ao público alvo leitor dúvidas e/ou sugestões quanto à aplicação deste manual devem ser submetidas ao Departamento responsável.
A publicação e atualização das versões na plataforma oficial da SDA para acesso pelo público alvo será de responsabilidade da Secretaria representada pelo DTEC.
O objetivo do Manual é reunir os métodos analíticos a serem empregados na execução de ensaios laboratoriais da área de Diagnóstico Animal da Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários (Rede LFDA e Laboratórios credenciados junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária).
4.1.2.1. Para atendimento aos Programas e Controles Oficiais DO mapa os Laboratórios credenciados somente receberão as amostras previstas na legislação em vigor para as finalidades e ensaios previstos no seu escopo de credenciamento.
4.1.2.2. Deverão ser obedecidos os critérios estabelecidos no capítulo de verificação de conformidade de amostras.
4.1.3.1. Somente poderão ser utilizados insumos de diagnóstico que tenham registro no MAPA, segundo legislação em vigor;
4.1.3.2. Todos os insumos utilizados na análise devem ser controlados e previamente testados e aprovados;
4.1.3.3. O laboratório deverá realizar os ensaios obedecendo às temperaturas preconizadas pelo fabricante dos insumos.
a) Quando esta informação não constar na bula o laboratório deverá consultar o fabricante, mesmo que a indicação seja de realização a temperatura ambiente;
b) Quando não informado pelo fabricante, serão considerados como temperatura ambiente, valores de temperatura entre 18 e 25ºC.
4.1.3.4 Antes da utilização dos insumos, realizar a avaliação de todos os parâmetros referentes aos lotes e valores de ponto de corte dos critérios interpretação dos resultados;
4.1.3.5 O laboratório deve estabelecer um meio de avaliação apropriado para todos os insumos utilizados nos ensaios;
4.1.3.6. Devem ser retidos os registros dos controles dos ensaios realizados, devendo ser registrada data e responsável de todas as etapas realizadas para cada amostra analisada;
4.1.3.7. Os resultados encontrados para cada amostra e controles, dados dos insumos utilizados e outras informações pertinentes devem ser registrados em formulários próprios e/ou sistema informatizado do próprio laboratório;
Nota: A utilização de sistemas informatizados para registros apenas é permitido quando:
I. A inclusão dos dados for realizada durante a execução e leitura do ensaio, sem anotação prévia em formulários de papel. Dados transcritos não são considerados dados brutos.
II. As alterações de informações estejam prontamente disponíveis e rastreáveis, sem a necessidade de intervenção de especialistas em informática ou geração de logs ou equivalentes.
III. O dado anterior, o responsável pela alteração e a data da realização da alteração estiver prontamente disponível.
Para realização dos ensaios de ELISA devem ser consideradas as orientações do fabricante do kit de diagnóstico utilizado. Atentar para ocorrência de atualização na bula do kit, principalmente em mudanças de lote;
2. A ordem de execução das etapas do ensaio, duração, volumes utilizados e temperatura de incubação variam de acordo com fabricante do kit utilizado;
3. Homogeneizar gentilmente todos reagentes e amostras antes do uso;
4. Utilizar ponteiras distintas para cada controle e amostra de soro;
5. Homogeneizar as placas tocando-as na lateral ou utilizando um agitador de placas;
6. Nas etapas de incubação, as placas devem ser seladas para se evitar evaporação;
7. As placas devem ser lavadas com a solução indicada pelo kit. Após a última lavagem remover resíduos em um material absorvente (papel toalha ou toalha). Deixar as placas secas o mínimo de tempo possível entre a lavagem e adição do próximo reagente;
8. Decorridas todas as etapas do teste, realizar a leitura da absorbância na leitora de ELISA utilizando filtro com comprimento de onda indicado nas instruções do fabricante.
O resultado do ensaio será considerado válido somente se os soros controles estiverem dentro dos limites aceitáveis e determinados pelo fabricante. Caso contrário, o ensaio deve ser repetido. Recomenda-se que as amostras com resultados “REAGENTE” ou “INCONCLUSIVO” sejam reensaiadas.
De acordo com as DOs obtidas consideram-se as amostras como reagentes ou não reagentes. As amostras reagentes devem ser encaminhadas para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuário (LFDA) designado para realizar a confirmação por Virusneutralização;
Amostras com DO entre os dois pontos de corte estabelecidos serão consideradas inconclusivas e deverão ser novamente ensaiadas. Se no reensaio o inconclusivo persistir, a amostra deve ser encaminhada ao LFDA para confirmação por teste de Virusneutralização.
Antes da realização do descarte de amostras e produtos de ensaio deverão ser observados os prazos mínimos estabelecidos no item Retenção de Itens de Ensaio;
Todo material utilizado na realização do ensaio deve ser imerso em cuba com solução de ácido cítrico 0,2%, hipoclorito de sódio 0,5% ou solução para descontaminação similar, por no mínimo de 1 hora;
Após este período, todo o material utilizado na realização do ensaio deve ser submetido ao processo de autoclavação apropriado e validado. A efetividade de esterilização deve estar comprovada em procedimentos próprios do laboratório; e
O laboratório deve assegurar a biosseguridade dos resíduos gerados e seguir as legislações ambientais vigentes durante todo processo de descarte.
Poderão ser descartados 60 dias após a emissão do relatório de ensaio, registrando-se nos formulários próprios e conferidos antes do descarte.
Nota: Alíquotas das amostras positivas de qualquer origem devem ser armazenadas de forma permanente, incluindo todos os registros e documentação pertinente, devendo elas serem registradas e controladas pelo laboratório responsável pela análise.
Incubar as amostras de soro em banho seco ou que empregam água a 56 ºC por 30 minutos para inativação do complemento;
Os soros deverão ser em uma ou duas colunas para se realizar a titulação da amostra;
Utilizar microplacas para cultivo de células de 96 poços, com 12 colunas identificadas de 1 a 12, e 8 linhas identificadas com a letra A até H;
Acrescentar 80 μL de MEM nos poços das linhas A e B e 50 μL nos demais poços da placa;
Colocar 20 μL de cada amostra de soro a ser testada nos poços das linhas A (controle de toxidez) e B da microplaca. O mesmo procedimento deve ser feito com uma amostra de soro reagente e uma de soro não reagente, com fins de controle de prova;
Homogeneizar e transferir 50 μL da linha B para a linha C e assim sucessivamente até a linha H. Descartar 50 μL ao final;
Manter pelo menos uma coluna da microplaca para controle de células. Adicionar nesta coluna, 100 μL de MEM e 50 μL volume da suspensão celular utilizada na prova, conforme descrito no item l;
Retirar um criotubo do vírus de PSC do ultrafreezer, o qual já deverá ter sido titulado pelo método de Reed-Muenchen. Este método será também empregado na titulação da diluição de trabalho do vírus (retrotitulação);
Diluir o vírus de acordo com o título para que no ensaio sejam utilizados aproximadamente 100 TCID50/50 μL (DT- diluição de trabalho);
Adicionar 50 μL da diluição trabalho do vírus aos poços, com exceção do controle de toxidez e controle de células. Homogeneizar batendo suavemente na lateral da placa;
Incubar as microplacas a 37 º C ± 1 ºC, em estufa com 5% de atmosfera de CO2 por um período de 1 hora;
Adicionar a todos os poços 50 μL de suspensão celular contendo 2 x 105 células/mL com 10% SFB iniciando-se pela coluna referente ao controle de células;
Incubar as microplacas a 37 º C ± 1 ºC, em estufa com 5% de atmosfera de CO2 por 72 horas; e
Após o término do período de incubação, fixar as microplacas e proceder a imunocoloração.
Realizar titulação do anticorpo policlonal anti-PSC conjugado com peroxidase (conjugado anti-PSC), frente a um cultivo celular infectado com o vírus da PSC, para se conhecer a diluição ideal a ser utilizada na prova (diluição de trabalho).
Para a diluição do anticorpo utilizar PBS, previamente tratado com 1 % de Tween e 1 % de ovoalbumina GV e para a lavagem das placas utilizar PBS tratado com 1% de Tween 80;
Adicionar 50 µL da diluição de trabalho do conjugado anti-PSC a cada poço da microplaca;
Incubar em estufa a 37 ºC ± 1 ºC por 60 minutos;
Lavar a microplaca três vezes com 300 µL PBS, por poço;
Imediatamente antes do uso, preparar a solução de substrato-cromógeno, preparado como descrito abaixo:
Acetato de sódio 0,05 mol/L pH 5,0
- Pesar 0,41g de acetato de sódio anidro, transferir para um béquer, adicionar 50 ml de água deionizada ou destilada, e agitar até a completa dissolução;
- Transferir para um balão volumétrico de 100 ml e completar o volume com água deionizada ou destilada;
- Verificar o pH que deve estar em 5,0, e caso não esteja, acertar com ácido acético 5 mol/L.
Solução de estoque de 3-amino-9-etil carbazol (AEC) – 0,4 %
- Pesar 0,04 de AEC, colocar em um béquer, e adicionar 10 mL de Dimetilformamida (DMF);
- O procedimento deve ser realizado em capela de exaustão, com uso de óculos protetor e com protetor respiratório com filtro A (P2).
Substrato-cromógeno
- 0,5 mL da solução de estoque de AEC e 9,5 mL de acetato de sódio;
- Filtar em membrana o,45 μm e adicionar 5 μL de peróxido de hidrogênio.
Acrescentar nos poços 50 µL da solução de substrato-cromógeno em cada poço da microplaca;
Manter a microplaca por 15 a 30 minutos em temperatura ambiente, protegido da luz;
Descartar o substrato-cromógeno e lavar a microplaca uma vez com PBS;
Adicionar 50 µL de água destilada por poço da microplaca; e
Fazer leitura da microplaca em microscópio de luz com imagem invertida.
Imunoperoxidase – indireta
Realizar titulação do anticorpo policlonal anti-PSC (anticorpo primário), e do anticorpo anti-suíno conjugado com peroxidase (conjugado anti-suíno), frente a um cultivo celular infectado com o vírus da PSC, para se conhecer a diluição ideal desses anticorpos a serem utilizadas na prova (diluição de trabalho dos anticorpos).
Para a diluição dos anticorpos utilizar PBS, previamente tratado com 1 % de Tween 80 e 1 % de ovoalbumina GV e para a lavagem das placas utilizar PBS tratado com 1% de Tween 80;
Adicionar 50 µL da diluição de trabalho do anticorpo primário em cada poço da microplaca;
Incubar em estufa a 37 ºC ± 1 ºC por 60 minutos;
Lavar a microplaca três vezes com 300 µL de PBS, por poço;
Adicionar 50 µL da diluição de trabalho do conjugado anti-suíno com peroxidase em cada poço da microplaca;
Incubar novamente em estufa a 37 ºC ± 1 ºC por 60 minutos;
Lavar a microplaca cinco vezes com 300 µL de PBS, por poço;
Imediatamente antes do uso, preparar a solução de substrato-cromógeno, preparado como descrito na imunoperoxidase direta;
Acrescentar nos poços 50 µL da solução de substrato-cromógeno em cada poço da microplaca;
Manter a microplaca por 15 a 30 minutos em temperatura ambiente, protegido da luz;
Descartar o substrato-cromógeno e lavar a placa uma vez com PBS;
Adicionar 50 µL de água destilada por poço da microplaca; e
Fazer leitura da microplaca em microscópio de luz com imagem invertida.
Imunofluorescência Direta
Realizar titulação do anticorpo policlonal anti-PSC conjugado com isotiocianato de fluoresceína (conjugado anti-PSC), frente a um cultivo celular infectado com o vírus da PSC, para se conhecer a diluição ideal a ser utilizada na prova (diluição de trabalho).
Para a diluição do anticorpo utilizar PBS, previamente tratado com 1 % de Tween e 1 % de ovoalbumina GV e para a lavagem das placas utilizar PBS tratado com 1% de Tween 80;
Adicionar 50 µL da diluição de trabalho do conjugado anti-PSC a cada poço da microplaca;
Incubar em estufa a 37 ºC ± 1 ºC por 60 minutos;
Lavar a microplaca três vezes com 300 µL PBS, por poço;
Adicionar 50 µL de água destilada por poço da microplaca e
Fazer leitura da microplaca em microscópio de luz ultravioleta com imagem invertida.
Imunofluorescência Indireta
Realizar titulação do anticorpo policlonal anti-PSC (anticorpo primário), e do anticorpo anti-suíno conjugado com isotiocianato de fluresceína (conjugado anti-suíno), frente a um cultivo celular infectado com o vírus da PSC, para se conhecer a diluição ideal desses anticorpos a serem utilizadas na prova (diluição de trabalho dos anticorpos).
Para a diluição dos anticorpos utilizar PBS, previamente tratado com 1 % de Tween 80 e 1 % de ovoalbumina GV e para a lavagem das placas utilizar PBS tratado com 1% de Tween 80;
Adicionar 50 µL da diluição de trabalho do anticorpo primário em cada poço da microplaca;
Incubar em estufa a 37 ºC ± 1 ºC por 60 minutos;
Lavar a microplaca três vezes com 300 µL de PBS, por poço;
Adicionar 50 µL da diluição de trabalho do conjugado anti-suíno com isotiocianato de fluoresceína cada poço da microplaca;
Incubar novamente em estufa a 37 ºC ± 1 ºC por 60 minutos;
Lavar a microplaca cinco vezes com 300 µL de PBS, por poço;
adicionar 50 µL de água destilada por poço da microplaca; e
Fazer leitura da microplaca em microscópio de luz ultravioleta com imagem invertida.
Preparar três diluições do vírus em base 10 a partir da diluição de trabalho (10-1 10-2 e 10-3). Essas três diluições serão utilizadas para a titulação da diluição de trabalho (retrotitulação);
Adicionar 50 μL de MEM em três colunas de uma microplaca;
Adicionar 50 μL de cada uma das diluições do vírus em uma coluna, começando pelo vírus mais diluído, de forma que possam ser utilizadas as mesmas ponteiras e o mesmo reservatório para todas as diluições do vírus;
Incubar as microplacas a 37 º C ± 1 ºC, em estufa com 5% de atmosfera de CO2 por 1 hora;
Adicionar a todos os poços 50 μL de suspensão celular contendo 2 x 105 células/mL com 10% SFB iniciando-se pela coluna referente ao controle de células;
Incubar as placas em estufa de CO2 com 5% de atmosfera de CO2 por 72 horas;
Após o término do período de incubação, fixar as placas e proceder a imunocoloração conforme descrito anteriormente, pelos métodos de imunoperoxidase ou imunofluorescência, direta ou indireta; e
Cálculo do título deve ser feito pelo método de Reed-Muenchen com base na presença ou ausência de crescimento viral nas colunas inoculadas com as diluições do vírus.
A prova estará válida quando a retrotitulação do vírus de prova na diluição de trabalho apresentar as doses infectantes dentro da variação 10 2±0.5, que corresponde a 31 a 316 TCID50/50 μL;
Será considerada válida a prova em que os soros controles se apresentarem dentro do comportamento esperado:
I. Imunoperoxidase
Soro controle REAGENTE - Caracterizado pela ausência imunocoloração celular específica, indicando a ausência de infecção celular, (figura 1 B)
Soro controle NÃO REAGENTE – caracterizado presença de imunocoloração celular específica, apresentado o citoplasma corado em vermelho-tijolo ou vermelho-carmim, indicando a presença de infecção viral (figura 1 A).
II. Imunoflourescência
Soro controle REAGENTE - Caracterizado pela ausência de imunocoloração celular específica, indicando a ausência de infecção celular, (figura 2 B)
Soro controle NÃO REAGENTE – caracterizado presença de imunocoloração celular específica, apresentado o citoplasma corado em verde fluorescente, indicando a presença de infecção celular, (figura 2 A).
III. Controle de células apresentando tapete íntegro em todos os poços isentos de contaminação ou toxidez.
FIGURA 1 – Células PK15 coradas pela imunoperoxidase – Células infectadas (Figura 1 A) e não infectadas com o vírus da Peste Suína Clássica (Figura 1 B).
Figura 1A - Fonte: LFDA/MG
Figura 1B - Fonte: LFDA/MG
FIGURA 2 – Células PK15 coradas por imunofluorescência - Células infectadas (Figura 2 A) e não infectadas com o vírus da Peste Suína Clássica (Figura 2 B)
O resultado é expresso pela recíproca da diluição mais alta do soro em que houve inibição da replicação viral em 50% dos poços (QUADRO 1).
A amostra será considerada tóxica quando se observar a ausência de multiplicação celular, ou destruição das células por componentes do soro no poço de controle de toxidez. Geralmente é caracterizada pela sedimentação do cultivo semeado no fundo do poço.
A amostra será considerada contaminada quando houver presença de contaminação bacteriana ou por fungos impedindo a interpretação do resultado.
O título neutralizante se expressa pela recíproca da diluição mais alta do soro em que houve inibição da replicação viral em 50% dos poços (QUADRO 1).
Para fins de comércio internacional, considera-se amostras reagentes com uma diluição sérica inicial de 1/5 (1/10 diluição final).
Para fins de vigilância, amostras são consideradas reagentes em uma diluição de triagem de 1/10 (diluição final de 1/20).
QUADRO 1: Título neutralizante expresso pela recíproca da diluição mais alta do soro em que houve inibição da replicação viral em 50% dos poços.
Os resultados deverão ser emitidos como REAGENTE, NÃO REAGENTE, TÓXICA ou CONTAMINADA. Caso a amostra seja considerada reagente, deve ser descrito o valor do título final, que é expresso como o logaritmo da diluição em que houve 100% de Virusneutralização.
Antes da realização do descarte de amostras e produtos de ensaio deverão ser observados os prazos mínimos estabelecidos no item “Retenção de Itens de Ensaio”;
Todo material utilizado na realização do ensaio deve ser imerso em cuba com solução de ácido cítrico 0,2%, hipoclorito de sódio 0,5% ou solução para descontaminação similar, por no mínimo de 1 hora;
Após este período, todo o material utilizado na realização do ensaio deve ser submetido ao processo de autoclavação apropriado e validado. A efetividade de esterilização deve estar comprovada em procedimentos próprios do laboratório;
O laboratório deve assegurar a biosseguridade dos resíduos gerados e seguir as legislações ambientais vigentes durante todo processo de descarte.
Poderão ser descartados 60 dias após a emissão do relatório de ensaio, registrando-se nos formulários próprios e conferidos antes do descarte;
Nota: Amostras positivas de qualquer origem devem ser armazenadas de forma permanente, incluindo todos os registros e documentação pertinente, devendo ser registradas e controladas pelo laboratório responsável pela análise.
Processar aproximadamente 0,5 cm3 de cada órgão e tecido;
Remover o excesso de tecido conjuntivo;
Recortar e macerar os fragmentos de cada órgão preparando um pool para cada requisição, utilizando gral, pistilo e MEM tratado com solução antimicrobiana até que se forme uma pasta homogênea.
Pode ser utilizada areia estéril como abrasivo se necessário.
Não incluir amostras de válvula íleo-cecal no isolamento de vírus para minimizar a ocorrência de contaminação;
Completar o volume com MEM resultando em uma suspensão de aproximadamente 20 % (P/V);
Centrifugar a 3000 rpm por 10 minutos;
Colher o sobrenadante, filtrar e colocar em frasco devidamente identificado; descartar o precipitado;
Adicionar 100 µL de solução antimicrobiana; e
Encaminhar 400 µL de inóculo ou de fragmentos do tecido tratado com 1,0 mL de Trizol ou cartuchos para extração de ácidos nucléicos.
Caso sejam recebidas mais de uma amostra de sangue na requisição preparar um pool com volume final de 1,0 mL. Por exemplo, para quatro amostras adicionar 250 µL de cada amostra; e
Adicionar 100 µL do inóculo de macerado de tecidos, ou 50 µL do inóculo de sangue total em um poço da microplaca de 24 poços.
Caso seja utilizada uma garrafa de 25 cm2 utilizar 0,5 mL de inóculo de macerado de tecidos ou 0,1 mL de sangue total;
Quando trabalhar com a placa 24 poços, acrescentar 1 mL de suspensão celular com 10 % de soro fetal bovino na concentração de 300.000 células/mL por poço e 5 ml em garrafas de 25 cm2;
Incubar a microplaca a 37 ±2°C em estufa com 5% de atmosfera de CO2 por 48 a 72 horas.
Fazer a leitura e registrar os resultados sobre o crescimento dos cultivos.
Os materiais em que for observada contaminação não deverão ser submetidos à segunda passagem.
Congelar a microplaca e descongelar;
Inocular o material da primeira passagem em microplaca de 96 poços sendo que para cada poço da microplaca de 24 poços ou garrafa deverá ser utilizada uma coluna da microplaca de 96 poços;
Inocular 10 µL do inóculo nos poços A1, B1, C1 e D1;
Inocular 5 µL do inóculo nos poços E1, F1, G1 e H1;
Adicionar 100 µL de células em todos os poços reservando uma coluna para o controle de células e uma para o controle de vírus; e
Para o controle de vírus utilizar o vírus da PSC. Utilizar amostras já diluídas como controle;
Incubar as microplacas a 37 º C ± 1 ºC, em estufa com 5% de atmosfera de CO2 por 72 horas;
Após o término do período de incubação, fixar as microplacas e proceder a imunocoloração.
Realizar titulação do anticorpo policlonal anti-PSC conjugado com peroxidase (conjugado anti-PSC), frente a um cultivo celular infectado com o vírus da PSC, para se conhecer a diluição ideal a ser utilizada na prova (diluição de trabalho).
Para a diluição do anticorpo utilizar PBS, previamente tratado com 1 % de Tween e 1 % de ovoalbumina GV e para a lavagem das placas utilizar PBS tratado com 1% de Tween 80;
Adicionar 50 µL da diluição de trabalho do conjugado anti-PSC a cada poço da microplaca;
Incubar a microplaca a 37 ±1°C em estufa com 5% de atmosfera de CO2 por 60 minutos;
Lavar a microplaca três vezes com 300 µL PBS, por poço;
Imediatamente antes do uso, preparar a solução de substrato-cromógeno, preparado como descrito abaixo:
Acetato de sódio 0,05 mol/L pH 5,0
- Pesar 0,41g de acetato de sódio anidro, transferir para um béquer, adicionar 50 ml de água deionizada ou destilada, e agitar até a completa dissolução;
- Transferir para um balão volumétrico de 100 ml e completar o volume com água deionizada ou destilada;
- Verificar o pH que deve estar em 5,0, e caso não esteja, acertar com ácido acético 5 mol/L.
Solução de estoque de 3-amino-9-etil carbazol (AEC) – 0,4 %
- Pesar 0,04 de AEC, colocar em um béquer, e adicionar 10 mL de Dimetilformamida (DMF);
- O procedimento deve ser realizado em capela de exaustão, com uso de óculos protetor e com protetor respiratório com filtro A (P2).
Substrato-cromógeno
- 0,5 mL da solução de estoque de AEC e 9,5 mL de acetato de sódio;
- Filtar em membrana o,45 μm e adicionar 5 μL de peróxido de hidrogênio.
Acrescentar nos poços 50 µL da solução de substrato-cromógeno em cada poço da microplaca;
Manter a microplaca por 15 a 30 minutos em temperatura ambiente, protegida da luz;
Descartar o substrato-cromógeno e lavar a microplaca uma vez com PBS;
Adicionar 50 µL de água destilada por poço da microplaca; e
Fazer leitura da microplaca em microscópio de luz com imagem invertida.
Imunoperoxidase – indireta
Adicionar 50 µL da diluição de trabalho pré-determinada do anticorpo policlonal anti-PSC aos poços utilizados diluído em PBS com 1 % de Tween e 1 % de ovoalbumina GV;
Incubar a microplaca a 37 ±1°C em estufa com 5% de atmosfera de CO2 por 60 minutos;;
Lavar três vezes com 300 µL por poço com PBS com 1 % de Tween 80 e uma vez com água destilada;
Adicionar 50 µL da diluição pré-determinada do conjugado anti-suíno com peroxidase diluído com 1 % de tween e 1 % de ovoalbumina GV;
Incubar a microplaca a 37 ±1°C em estufa com 5% de atmosfera de CO2 por 60 minutos;;
Lavar a placa cinco vezes com 300 µL por poço com PBS com 1 % de Tween,;
Imediatamente antes do uso, preparar a solução de substrato-cromógeno, preparado como descrito na imunoperoxidase direta;
Acrescentar nos poços 50 µL da solução de substrato;
Manter a microplaca por 15 a 30 minutos em temperatura ambiente, no escuro;
Descartar o substrato-cromógeno e lavar a placa uma vez com água destilada; e
Fazer leitura da microplaca em microscópio de luz com imagem invertida.
Imunofluorescência – direta
Realizar titulação do anticorpo policlonal anti-PSC conjugado com isotiocianato de fluoresceína (conjugado anti-PSC), frente a um cultivo celular infectado com o vírus da PSC, para se conhecer a diluição ideal a ser utilizada na prova (diluição de trabalho).
Para a diluição do anticorpo utilizar PBS, previamente tratado com 1 % de Tween e 1 % de ovoalbumina GV e para a lavagem das placas utilizar PBS tratado com 1% de Tween 80;
Adicionar 50 µL da diluição de trabalho do conjugado anti-PSC a cada poço da microplaca;
Incubar em estufa a 37 ºC ± 1 ºC por 60 minutos;
Lavar a microplaca três vezes com 300 µL PBS, por poço;
Adicionar 50 µL de água destilada por poço da microplaca; e
Fazer leitura da microplaca em microscópio de luz ultravioleta com imagem invertida.
Imunofluorescência Indireta
Realizar titulação do anticorpo policlonal anti-PSC (anticorpo primário), e do anticorpo anti-suíno conjugado com isotiocianato de fluresceina (conjugado anti-suino), frente a um cultivo celular infectado com o vírus da PSC, para se conhecer a diluição ideal desses anticorpos a serem utilizadas na prova (diluição de trabalho dos anticorpos).
Para a diluição dos anticorpos utilizar PBS, previamente tratado com 1 % de Tween 80 e 1 % de ovoalbumina GV e para a lavagem das placas utilizar PBS tratado com 1% de Tween 80;
Adicionar 50 µL da diluição de trabalho do anticorpo primário em cada poço da microplaca;
Incubar em estufa a 37 ºC ± 1 ºC por 60 minutos;
Lavar a microplaca três vezes com 300 µL de PBS, por poço;
Adicionar 50 µL da diluição de trabalho do conjugado anti-suíno em cada poço da microplaca;
Incubar novamente em estufa a 37 ºC ± 1 ºC por 60 minutos;
Lavar a microplaca cinco vezes com 300 µL de PBS, por poço;
adicionar 50 µL de água destilada por poço da microplaca; e
Fazer leitura da microplaca em microscópio de luz ultravioleta com imagem invertida.
As provas de identificação do agente serão consideradas válidas quando os cultivos celulares sabidamente infectados apresentam imunocoloração específica e ausência de imunocoloração nos cultivos que não foram infectados.
Detectado - caracterizada presença de imunocoloração celular específica, apresentado o citoplasma corado em vermelho-tijolo ou vermelho-carmim, indicando a presença de infecção viral (figura 3 A).
Não detectado – caracterizado pela ausência de imunocoloração celular específica, apresentado o citoplasma sem coloração, indicando a ausência de infecção viral (figura 3 B).
A amostra será considerada contaminada quando houve presença de contaminação bacteriana ou por fungos impedindo a interpretação do resultado.
II. Imunofluorescência
Detectado – caracterizado pela presença de imunocoloração celular específica, apresentado o citoplasma corado em verde fluorescente, indicando a presença de infecção celular, (figura 4 A).
Não detectado – caracterizado pela ausência de imunocoloração celular específica, apresentado o citoplasma sem coloração fluorescente, indicando a ausência de infecção viral (figura 4 B).
A amostra será considerada contaminada quando houve presença de contaminação bacteriana ou por fungos impedindo a interpretação do resultado.
FIGURA 3 – Células PK15 coradas pela imunoperoxidase – Células infectadas (Figura 3A) e não infectadas com o vírus da Peste Suína Clássica (Figura 3B).
Figura 3A - Fonte: LFDA/MG
Figura 3B - Fonte: LFDA/MG
FIGURA 4 – Células PK15 coradas por imunofluorescência - Células infectadas (Figura 4A) e não infectadas com o vírus da Peste Suína Clássica (Figura 4B).
Antes da realização do descarte de amostras e produtos de ensaio deverão ser observados os prazos mínimos estabelecidos.Retenção de Itens de Ensaio;
Todo material utilizado na realização do ensaio deve ser imerso em cuba com solução de ácido cítrico 0,2%, hipoclorito de sódio 0,5% ou solução para descontaminação similar, por no mínimo de 1 hora;
Após este período, todo o material utilizado na realização do ensaio deve ser submetido ao processo de autoclavação apropriado e validado. A efetividade de esterilização deve estar comprovada em procedimentos próprios do laboratório; e
O laboratório deve assegurar a biosseguridade dos resíduos gerados e seguir as legislações ambientais vigentes durante todo processo de descarte.
Amostras positivas de qualquer origem devem ser armazenadas de forma permanente, incluindo todos os registros e documentação pertinente, devendo elas serem registradas e controladas pelo laboratório responsável pela análise.
¶C. Técnica de PCR em tempo real com transcrição reversa RT-qPCR para o vírus da PSC
Materiais
Luvas de procedimento nitrílicas ou de látex isentas de pó;
Microtubos de volumes variados ou microplacas;
Microplacas ou microtubos para leitura óptica de RT-qPCR;
Tampas adesivas para microplacas para leitura óptica de RT-qPCR;
Ponteiras com filtro, estéreis, livres de DNAses e RNAses;
A extração pode ser realizada de forma automatizada ou manual, através de kits de extração de RNA ou reagentes específicos para o tipo de material a ser analisado, seguindo as recomendações do fabricante;
Não utilizar reagentes após a data de validade e não misturar reagentes de lotes diferentes; e
Adicionar as seguintes amostras controle a cada procedimento de extração: controle NÃO DETECTADO (água ou tecido bovino ou suíno).
¶Reação de amplificação de ácido nucleico por RT-qPCR
Realizar o ensaio em duas áreas separadas: uma para o preparo do mix de reação (sala de pré-PCR) isenta de material genético e amplicons, e outra para a transferência de DNA para placa ou microtubos (sala de PCR);
Antes e após o preparo do mix de reação, descontaminar a cabine e os materiais a serem utilizados com Solução Descontaminante de moléculas residuais de RNAs / DNAs / amplicons /resíduos de proteínas de superfícies, entre as quais DNAses/RNAses e/ou Álcool 70º INPM; e
As micropipetas utilizadas para o preparo do mix de reação e adição das amostras devem ser exclusivas para tais finalidades.
Preparar o mix de reação, de acordo com protocolos que tiveram a verificação desempenho dos ensaios comprovadas, e específicos para o agente pesquisado (vírus da PSC), em quantidade suficiente para o número de amostras a serem testadas, considerando algumas a mais;
Após o preparo do mix, adicionar o RNA nos poços da placa ou em microtubos para leitura óptica;
A adição de RNA e das amostras controle deve ser realizada em uma área distinta do preparo do mix (sala de PCR);
Devem ser incluídos nas análises:
Controle DETECTADO para vírus da PSC;
Controle NÃO DETECTADO da extração;
Branco (água livre de nucleases); e
Controle DETECTADO e NÃO DETECTADO do kit utilizado (se houver).
Selar a placa com adesivo óptico ou fechar a tampa dos microtubos. Verificar se há bolhas no fundo do poço e/ou gotículas na parede dos poços da placa ou tubo. Caso isto ocorra, centrifugar brevemente para reduzir as bolhas e para que o conteúdo se posicione na parte inferior da placa ou tubo;
Iniciar e entrar com os dados no software do termociclador (identificação das amostras e seleção dos fluoróforos), conforme especificações do fabricante;
Inserir a placa ou os tubos no termociclador, salvar o arquivo e iniciar a corrida; e
Ao finalizar, salvar os dados e interpretar os resultados.
Para a validação do ensaio, o controle DETECTADO deve apresentar uma curva sigmoide (em forma de S) e um Cq satisfatório; e
O controle NÃO DETECTADO deve ter Cq indeterminado ou maior que o limite do kit. O gráfico do controle NÃO DETECTADO deve apresentar traços de fluorescência na linha de base durante todo o ensaio. Esses traços não devem apresentar curva sigmoide ou um aumento gradual na fluorescência.
Ao analisar os resultados da corrida, o operador deve avaliar os seguintes componentes: controle DETECTADO, controle NÃO DETECTADO, controle da extração, background de fluorescência e gráficos de amplificação de cada amostra individualmente. Após a validação do ensaio, interpretar os resultados conforme especificações do fabricante;
O limiar de Cq a ser considerado DETECTADO deve ser avaliado conforme definido na verificação desempenho da técnica ou conforme consta a literatura;
Amostra com resultado inconclusivo: aquelas com valor de Cq intermediário entre o valor para detectado e não detectado; e
Amostras positivas, podem ser submetidas a sequenciamento para genotipagem viral.
Após um período mínimo de 30 dias da realização das análises, as amostras negativas poderão ser descartadas, registrando-se nos formulários próprios e conferidas antes do descarte;
Os materiais descartados devem ser separados adequadamente entre resíduos químicos e biológicos; e
O laboratório deve assegurar a biosseguridade dos resíduos gerados e seguir as legislações ambientais vigentes para o descarte.
4.2.2.1. Para atendimento aos Programas e Controles Oficiais do MAPA os Laboratórios credenciados somente receberão as amostras previstas na legislação em vigor para as finalidades e ensaios previstos no seu escopo de credenciamento.
4.2.2.2. Deverão ser obedecidos os critérios estabelecidos no capítulo de verificação de conformidade de amostras.
4.2.3.1. Somente poderão ser utilizados insumos de diagnóstico que tenham registro no MAPA, segundo legislação em vigor;
4.2.3.2. Todos os insumos utilizados na análise devem ser controlados e previamente testados e aprovados;
4.2.3.3. O laboratório deverá realizar os ensaios obedecendo às temperaturas preconizadas pelo fabricante dos insumos.
a) Quando esta informação não constar na bula o laboratório deverá consultar o fabricante, mesmo que a indicação seja de realização a temperatura ambiente;
b) Quando não informado pelo fabricante, serão considerados como temperatura ambiente, valores de temperatura entre 18 e 25ºC.
4.2.3.4 Antes da utilização dos insumos, realizar a avaliação de todos os parâmetros referentes aos lotes e valores de ponto de corte dos critérios interpretação dos resultados;
4.2.3.5 O laboratório deve estabelecer um meio de avaliação apropriado para todos os insumos utilizados nos ensaios;
4.2.3.6. Devem ser retidos os registros dos controles dos ensaios realizados, devendo ser registrada data e responsável de todas as etapas realizadas para cada amostra analisada;
4.2.3.7. Os resultados encontrados para cada amostra e controles, dados dos insumos utilizados e outras informações pertinentes devem ser registrados em formulários próprios e/ou sistema informatizado do próprio laboratório;
Nota: A utilização de sistemas informatizados para registros apenas é permitido quando:
I. A inclusão dos dados for realizada durante a execução e leitura do ensaio, sem anotação prévia em formulários de papel. Dados transcritos não são considerados dados brutos.
II. As alterações de informações estejam prontamente disponíveis e rastreáveis, sem a necessidade de intervenção de especialistas em informática ou geração de logs ou equivalentes.
III. O dado anterior, o responsável pela alteração e a data da realização da alteração estiver prontamente disponível.
Para realização dos ensaios de ELISA devem ser consideradas as orientações do fabricante do kit de diagnóstico utilizado. Atentar para ocorrência de atualização na bula do kit, principalmente em mudanças de lote;
A ordem de execução das etapas do ensaio, duração, volumes utilizados e temperatura de incubação variam de acordo com fabricante do kit utilizado;
Homogeneizar gentilmente todos reagentes e amostras antes do uso;
Utilizar ponteiras distintas para cada controle e amostra de soro;
Homogeneizar as placas tocando-as na lateral ou utilizando um agitador de placas;
Nas etapas de incubação, as placas devem ser seladas para se evitar evaporação;
As placas devem ser lavadas com a solução indicada pelo kit. Após a última lavagem remover resíduos em um material absorvente (papel toalha ou toalha). Deixar as placas secas o mínimo de tempo possível entre a lavagem e adição do próximo reagente; e
Decorridas todas as etapas do teste, realizar a leitura da absorbância na leitora de ELISA utilizando filtro com comprimento de onda indicado nas instruções do fabricante.
O resultado do ensaio será considerado válido somente se as Densidades Óticas (DOs) dos soros controles estiverem dentro dos limites aceitáveis e determinados pelo fabricante. Caso contrário, o ensaio deve ser repetido.
De acordo com as DOs obtidas consideram-se as amostras como reagentes ou não reagentes. As amostras reagentes devem ser confirmadas pela técnica de Imunoperoxidase em cultivo celular; e
Amostras com DO entre os dois pontos de corte estabelecidos serão consideradas inconclusivas e deverão ser novamente ensaiadas. Se no reensaio o inconclusivo persistir, a amostra deve ser testada pela técnica de Imunoperoxidase em cultivo celular.
Os resultados deverão ser emitidos e expresso como REAGENTE, NÃO REAGENTE, ou de acordo com o preconizado com o fabricante do insumo (kit de diagnóstico).
Antes da realização do descarte de amostras e produtos de ensaio deverão ser observados os prazos mínimos estabelecidos. Retenção de Itens de Ensaio;
Todo material utilizado na realização do ensaio deve ser imerso em cuba com solução de ácido cítrico 0,2%, hipoclorito de sódio 0,5% ou solução para descontaminação similar, por no mínimo de 1 hora;
Após este período, todo o material utilizado na realização do ensaio deve ser submetido ao processo de autoclavação apropriado e validado. A efetividade de esterilização deve estar comprovada em procedimentos próprios do laboratório; e
O laboratório deve assegurar a biosseguridade dos resíduos gerados e seguir as legislações ambientais vigentes durante todo processo de descarte.
Poderão ser descartados 60 dias após a emissão do relatório de ensaio, registrando-se nos formulários próprios e conferidos antes do descarte.
Nota: Amostras positivas de qualquer origem devem ser armazenadas de forma permanente, incluindo todos os registros e documentação pertinente, devendo elas serem registradas e controladas pelo laboratório responsável pela análise.
- Ácido acético glacial(CH3CO2H – 60,05g/mol – CAS Number 64-19-7).................................... 1,15 mL
- Água deionizada destilada(Água DD)........................................................................................... 100 mL
- Acetato de sódio 0,2 mol/L (soluçãoB)
- Acetato de sódio tri-hidratado (CH3COONa.3H2O – 136,08 g/mol – CAS Number 6131-90-4)....... 5,44 g
- Água deionizada destilada(Água DD)....................................................................................... QSP 200 mL
- Tampão acetato(solução final A+B)
- Solução A........................................................................................................................................ 74 mL
- Solução B...................................................................................................................................... 176 mL
Solução estoque de AEC - 3-aminoethil-carbazol, preparado como descrioto abaixo:
- Etilcarbazol (AEC) (C14H14N2 – 210,27 g/mol – CAS Number 132-32-1)................................................. 20 mg
- Dimetilformamida (C₃H₇NO – 73,09 g/mol – CAS Number 68-12-2)................................................... 2,5 mL
- Utilizar luvas, protetorrespiratório com filtroA (P2), óculosde segurança e trabalhar em uma capela química;
- Pesar 0,02 g de AEC ou, se disponível, utilizar 1 tabletede 20 mg;
- Transferir para um frasco âmbar;
- Medir 2,5 mL de dimetilformamida;
- Transferir para o frasco âmbar.
Água destilada;
Proteína A conjugada com peroxidase;
Leite em pó desnatado;
Soro Fetal Bovino (SFB);
Tween-20;
Peróxido de hidrogênio (H2O2).
Solução fria de 30 % de acetona com 70 % de metanol. Estocar a <-10°C.
Solução de bloqueio (PBS com 0,05 % Tween 20 e 5 % de leite em pó); e
Solução de substrato (Misturar 300 µL de solução estoque em 5 mL de tampão acetato e 5 µL de H2O2.
Fazer uma suspensão de VERO com 150.000 células/mL semeando em placas de 96 poços com 100 μL para cada poço;
Incubar as células por 24 a 48 h (até obter 80 a 90 % de confluência);
Descartar o sobrenadante;
Diluir o vírus para inocular em uma multiplicidade de infeção (moi) de 0,025 a 0,5 conforme: (Fator de diluição: 0,7 x título viral x volume de vírus por poço )/(Número de células por poço x moi)
Utilizar o resultado obtido acima para dividir pelo volume total de vírus necessário. Exemplo, se o resultado obtido acima for 100 e forem necessários 1000 μL de vírus, será necessário adicionar 10 μL do vírus concentrado à 990 μL de meio;
Adicionar 100 μL de vírus e incubar a 37 ±2°C.em estufa com 5% de atmosfera de CO2 por 18 ± 1 hora.
Retirar cuidadosamente o MEM das placas de 96 poços por aspiração ou pipetagem.
Adicionar 50 μL de solução fixadora por poço;
Incubar entre 8 ± 2 minutos à temperatura ambiente;
Lavar as placas fixadas por 20 minutos com PBS em agitação contínua;
Secar as placas à temperatura ambiente; e
Estocar as placas em freezer em temperatura < - 10 ºC (válidas por até 6 meses).
Mantenha as placas ASFV-IPT em temperatura ambiente (18-25ºC) por 30 minutos após a retirada do freezer;
Bloqueie as placas adicionando 100 μL por poço de solução de bloqueio.
Incubar 1 hora a 37 ± 2 ºC em agitação contínua;
Durante a etapa de bloqueio, pré-incubar por 1 h a 37 ± 2 ºC em agitação contínua as amostras e os soros de referência de ASF (controles) em duplicata em placas separadas de microtitulação de 96 poços com fundo em U, conforme o esquema da FIGURA 1; e
Preparar uma diluição de 1/40 das amostras e controles de referência ASF na solução de bloqueio com 2 % de SFB (100 μL / poço – 2,5 μL amostra + 97,5 μL).
FIGURA 1 - Esquema de montagem das placas para o ensaio.
Após 1 h, elimine a solução de bloqueio das placas ASFV-IPT e transfira para a placa com a pipeta multicanal as amostras pré-incubadas e os soros de referência;
Incubar 45 minutos a 37 ± 2 ºC em agitação contínua;
Lavar três vezes adicionando 100 µL por poço de PBS 1x por 5 minutos a 37 ± 2 ºC em agitação contínua. Entre as lavagens descartar o PBS e substituir por solução nova;
Adicionar 100 μL por poço de conjugado diluído a 1/5000 em solução de bloqueio;
Incubar 45 minutos a 37 ± 2 ºC em agitação contínua; e
Lavar três vezes adicionando 100 µL por poço de PBS 1x por 5 minutos a 37 ± 2 ºC em agitação contínua. Entre as lavagens descartar o PBS e substituir por solução nova.
Adicionar 50 µL da solução de substrato por poço e incube 5-10 minutos à temperatura ambiente (18-25ºC) ou até observar que as cavidades, principalmente se o controle positivo apresentar cor;
Adicionar 100 µL por poço de PBS 1x para interromper a reação. Recomenda-se executar este passo duas vezes para evitar reações inespecíficas; e
O teste é validado quando há uma coloração citoplasmática vermelha intensa em poços de controle positivo e ausência no caso de controles negativos. Os poços de controle de limite devem ter menos coloração vermelha do que o controle positivo.
FIGURA 1 – Células Vero infectadas e adaptadas com o vírus da Peste Suína Africana (FIGURA 2A) e não infectadas (FIGURA 2B) coradas por imunoperoxidase.
Nos poços com amostras positivas de soro contra a ASF, o anticorpo (Ac) estará ligado ao cultivo celular infectado pelo ASFV formando o complexo Ac-Ag que é revelado através da ação da peroxidase com o substrato. Uma intensa coloração citoplasmática vermelha será observada nas células infectadas.
A coloração citoplasmática vermelha intensiva é interpretada como um resultado positivo para PSA (REAGENTE) e a ausência como resultado negativo (NÃO REAGENTE).
Antes da realização do descarte de amostras e produtos de ensaio deverão ser observados os prazos mínimos estabelecidos. Retenção de Itens de Ensaio;
Todo material utilizado na realização do ensaio deve ser imerso em cuba com solução de ácido cítrico 0,2%, hipoclorito de sódio 0,5% ou solução para descontaminação similar, por no mínimo de 1 hora;
Após este período, todo o material utilizado na realização do ensaio deve ser submetido ao processo de autoclavação apropriado e validado. A efetividade de esterilização deve estar comprovada em procedimentos próprios do laboratório; e
O laboratório deve assegurar a biosseguridade dos resíduos gerados e seguir as legislações ambientais vigentes durante todo processo de descarte.
As amostras negativas poderão ser descartadas 60 dias após a emissão do relatório de ensaio, registrando-se nos formulários próprios e conferidos antes do descarte.
Nota: Amostras positivas de qualquer origem devem ser armazenadas de forma permanente, incluindo todos os registros e documentação pertinente, devendo elas serem registradas e controladas pelo laboratório responsável pela análise.
Placas de 96 poços para PCR em tempo real (sempre averiguar o equipamento disponível e a compatibilidade da placa) Placas de 96 poços para PCR em tempo real (sempre averiguar o equipamento disponível e a compatibilidade da placa);
Reação em Cadeia da Polimerase em Tempo Real - qPCR
Água livre de nucleases;
Iniciadores e sondas descritos no QUADRO 1; e
Master mix para PCR em tempo real Master mix para PCR em tempo real.
Reação em Cadeia da Polimerase PCR
Água livre de nucleases;
Iniciadores e sondas descritos no QUADRO 1;
Cloreto de magnésio;
Tampão específico para DNA polimerase;
DNA polimerase; e
DNTP.
QUADRO 1 - Oligonucleotídeos utilizados nas PCRs
Oligonucleotídeo
Sequência
Referência
ASFV.OIE.F
CTGCTCATGGTATCAATCTTATCGA
King, 2003
ASFV.OIE.R
GATACCACAAGATCRGCCGT
ASFV.OIE.S
FAM-CCACGGGAGGAATACCAACCCAGTG-IowaBlack
ASFV.EUA.63.F
GGAAACTCATTCACCAAATCCTT
Zsak, 2005
ASFV.EUA.63.R
CCTCGGCGAGCGCTTTATCAC
ASFV.EUA.S
FAM- CgATgCAAgCTTTAT-MGB/NFQ
ASFV.Tignon2011.114.F
CCACTGGGTTGGTATTCCTC
Tignon, 2011
ASFV.Tignon2011.114.R
TGCTCATGGTATTCAATCTTATCG
ASFV.Tignon2011.114.S
FAM-TTCCATCAAAGTTCTGCAGCTCTT-IowaBlack
ASFV.68.F
CCCAGGRGATAAAATGACTG
Fernández-Pinero., 2013
ASFV.68.R
CACTRGTTCCCTCCACCGATA
ASFV.68.S
FAM-TCC-TGG-CCR-ACC-AAG-TGC-TT-BHQ*
ASFV.p72.478.F
GGCACAAGTTCGGACATGT
Bastos, 2003
ASFV.p72.478.R
GTACTGTAACGCAGCACAG
ASFV.CD2V.816.F
TCTGTTGATTCCCCAACTATTAC
Sanna, 2017
ASFV.CD2V.816.R
ATGGCGGGATATTGGGTAGT
*Sonda atualizada após publicação do artigo
Todas as soluções estoques de oligonucleotídeos devem ser mantidas a uma concentração de 500 µM a não ser que já venham previamente diluídas. Recomenda-se que as soluções de trabalho sejam diluídas a 10 µM;
A extração pode ser realizada de forma automatizada ou manual, através de kits de extração de DNA ou reagentes específicos para o tipo de material a ser analisado, seguindo as recomendações do fabricante. Os métodos manuais utilizando kits com coluna de sílica são alternativas para poucas amostras ou em caso de impossibilidade do uso dos equipamentos automáticos;
Não utilizar reagentes após a data de validade e não misturar reagentes de lotes diferentes;
Adicionar as seguintes amostras controle a cada procedimento de extração: controle NÃO DETECTADO (água ou tecido suíno).
Realizar o ensaio em duas áreas separadas: uma para o preparo do mix de reação (sala de pré-PCR) isenta de material genético e amplicons, e outra para a transferência de DNA para placa ou microtubos (sala de PCR);
Antes e após o preparo do mix de reação, descontaminar a cabine e os materiais a serem utilizados com Solução Descontaminante de moléculas residuais de RNAs / DNAs / amplicons /resíduos de proteínas de superfícies, entre as quais DNAses/RNAses e/ou Álcool 70º INPM; e
As micropipetas utilizadas para o preparo do mix de reação e adição das amostras devem ser exclusivas para tais finalidades.
Preparar o mix de reação, de acordo com protocolos que tiveram a verificação desempenho dos ensaios comprovadas, e específicos para o agente pesquisado (vírus da PSA), em quantidade suficiente para o número de amostras a serem testadas, considerando algumas a mais;
Ao distribuir o volume das reações individuais, descontar o volume dos ácidos nucleicos extraídos das amostras e dos controles;
Adicionar à solução de ácidos nucleicos extraídos, conforme volume indicado no QUADRO 3, em local determinado no laboratório diferente daquele em que o mix de PCR foi preparado;
Selar as placas ou fechar os tubos. É recomendável realizar um spin no caso de uso de placas de qPCR;
Programar o termociclador, conforme os protocolos de validação dos ensaios.
PCR Convencional - cPCR
Descongelar e homogeneizar todos os reagentes;
Identificar os tubos ou placas;
Preparar o mix de reação, de acordo com protocolos que tiveram a verificação desempenho dos ensaios comprovadas, e específicos para o agente pesquisado (vírus da PSA), em quantidade suficiente para o número de amostras a serem testadas, considerando algumas a mais;
Ao distribuir o volume das reações individuais, descontar o volume dos ácidos nucleicos extraídos das amostras e dos controles;
Adicionar a solução de ácidos nucleicos extraídos conforme volume indicado no QUADRO 3 em local determinado no laboratório diferente daquele em que o mix de PCR foi preparado;
Selar as placas ou fechar os tubos. É recomendável realizar um spin no caso de uso de placas de PCR;
Programar o termociclador, conforme os protocolos de validação dos ensaios.
Ao analisar os resultados da corrida, o operador deve avaliar os seguintes componentes: controle DETECTADO, controle NÃO DETECTADO, controle da extração, background de fluorescência e gráficos de amplificação de cada amostra individualmente. Após a validação do ensaio, interpretar os resultados conforme especificações do fabricante;
O limiar de Cq a ser considerado DETECTADO deve ser avaliado conforme definido na verificação desempenho da técnica ou conforme consta a literatura;
Amostra com resultado inconclusivo: aquelas com valor de Cq intermediário entre o valor para detectado e não detectado;
Qualquer amostra questionável deverá ser retestada; e
Amostras positivas devem ser submetidas a sequenciamento para genotipagem viral.
PCR convencional - PCR
Os controles positivos devem apresentar bandas de acordo com o padrão esperado definido pela metodologia. Os tamanhos dos produtos de PCR para as técnicas ASFV.OIE, ASFV.p72.478, ASFV.CD2V.816 são 250, 478 e 816 pares de base;
Os controles negativos não devem apresentar bandas em padrão semelhante ao dos controles positivos; e
Amostras com padrão de eletroforese semelhantes ao do controle positivo serão consideradas positivas, podendo ser submetidas ao sequenciamento para confirmação.
Após um período mínimo de 30 dias da realização das análises, as amostras negativas poderão ser descartadas, registrando-se nos formulários próprios e conferidas antes do descarte;
Os materiais descartados devem ser separados adequadamente entre resíduos químicos e biológicos; e
O laboratório deve assegurar a biosseguridade dos resíduos gerados e seguir as legislações ambientais vigentes para o descarte.
As amostras negativas poderão ser descartados 60 dias após a emissão do relatório de ensaio, registrando-se nos formulários próprios e conferidos antes do descarte; e
Amostras positivas de qualquer origem devem ser armazenadas de forma permanente, incluindo todos os registros e documentação pertinente, devendo elas serem registradas e controladas pelo laboratório responsável pela análise.
¶ 4.3 SÍNDROME REPRODUTIVA E RESPIRATÓRIA DOS SUÍNOS - PRRS
4.3.2.1. Para atendimento aos Programas e Controles Oficiais do MAPA os laboratórios credenciados somente receberão as amostras previstas na legislação em vigor para as finalidades e ensaios previstos no seu escopo de credenciamento.
4.3.2.2. Deverão ser obedecidos aos critérios estabelecidos no capítulo de verificação de conformidade de amostras.
4.3.3.1. Somente poderão ser utilizados insumos de diagnóstico que tenham registro no MAPA, segundo legislação em vigor;
4.3.3.2 Todos os insumos utilizados na análise devem ser controlados e previamente testados e aprovados;
4.3.3.3. O laboratório deverá realizar os ensaios obedecendo às temperaturas preconizadas pelo fabricante dos insumos
a) Quando esta informação não constar na bula o laboratório deverá consultar o fabricante, mesmo que a indicação seja de realização a temperatura ambiente
b) Quando não informado pelo fabricante, serão considerados como temperatura ambiente, valores de temperatura entre 18 e 25ºC.
4.3.3.4. Antes da utilização dos insumos, realizar a avaliação de todos os parâmetros referentes aos lotes e valores de ponto de corte dos critérios interpretação dos resultados;
4.3.3.5. O laboratório deve estabelecer um meio de avaliação apropriado para todos os insumos utilizados nos ensaios;
4.3.3.6. Devem ser retidos os registros dos controles dos ensaios realizados, devendo ser registrada data e responsável de todas as etapas realizadas para cada amostra analisada;
4.3.3.7. Os resultados encontrados para cada amostra e controles, dados dos insumos utilizados e outras informações pertinentes devem ser registrados em formulários próprios e/ou sistema informatizado do próprio laboratório;
Nota: a utilização de sistemas informatizados para registros apenas é permitido quando:
I. A inclusão dos dados for realizada durante a execução e leitura do ensaio, sem anotação prévia em formulários de papel. Dados transcritos não são considerados dados brutos.
II. As alterações de informações estejam prontamente disponíveis e rastreáveis, sem a necessidade de intervenção de especialistas em informática ou geração de logs ou equivalentes.
III. O dado anterior, o responsável pela alteração e a data da realização da alteração estiver prontamente disponível.
Para realização dos ensaios de ELISA devem ser consideradas as orientações do fabricante do kit de diagnóstico utilizado. Atentar para ocorrência de atualização na bula do kit, principalmente em mudanças de lote;
A ordem de execução das etapas do ensaio, duração, volumes utilizados e temperatura de incubação variam de acordo com fabricante do kit utilizado;
Homogeneizar gentilmente todos reagentes e amostras antes do uso;
Utilizar ponteiras distintas para cada controle e amostra de soro;
Homogeneizar as placas tocando-as na lateral ou utilizando um agitador de placas;
Nas etapas de incubação, as placas devem ser seladas para se evitar evaporação;
As placas devem ser lavadas com a solução indicada pelo kit. Após a última lavagem remover resíduos em um material absorvente (papel toalha ou toalha). Deixar as placas secas o mínimo de tempo possível entre a lavagem e adição do próximo reagente; e
Decorridas todas as etapas do teste, realizar a leitura da absorbância na leitora de ELISA utilizando filtro com comprimento de onda indicado nas instruções do fabricante.
O resultado do ensaio será considerado válido somente se as Densidades Óticas (DOs) dos soros controles estiverem dentro dos limites aceitáveis e determinados pelo fabricante. Caso contrário, o ensaio deve ser repetido.
Antes da realização do descarte de amostras e produtos de ensaio deverão ser observados os prazos mínimos estabelecidos. Retenção de Itens de Ensaio;
Todo material utilizado na realização do ensaio deve ser imerso em cuba com solução de ácido cítrico 0,2%, hipoclorito de sódio 0,5% ou solução para descontaminação similar, por no mínimo de 1 hora;
Após este período, todo o material utilizado na realização do ensaio deve ser submetido ao processo de autoclavação apropriado e validado. A efetividade de esterilização deve estar comprovada em procedimentos próprios do laboratório;
O laboratório deve assegurar a biosseguridade dos resíduos gerados e seguir as legislações ambientais vigentes durante todo processo de descarte.
Poderão ser descartados 60 dias após a emissão do relatório de ensaio, registrando-se nos formulários próprios e conferidos antes do descarte.
Nota: Amostras positivas de qualquer origem devem ser armazenadas de forma permanente, incluindo todos os registros e documentação pertinente, devendo as mesmas serem registradas e controladas pelo laboratório responsável pela análise.
¶B. Técnica de PCR convencional com transcrição reversa RT-PCR para detecção de PRRSV (sequenciamento genético)
A extração pode ser realizada de forma automatizada ou manual, através de kits de extração de RNA ou reagentes específicos para o tipo de material a ser analisado, seguindo as recomendações do fabricante;
Não utilizar reagentes após a data de validade e não misturar reagentes de lotes diferentes; e
Adicionar as seguintes amostras controle a cada procedimento de extração: controle NÃO DETECTADO (água ou tecido bovino ou suíno).
¶Reação de amplificação de ácido nucleico (RT-PCR)
Realizar o ensaio em duas áreas separadas: uma para o preparo do mix de reação (sala de pré-PCR), isenta de material genético e amplicons, e outra para a transferência de DNA para placa ou microtubos (sala de PCR);
Antes e após o preparo do mix de reação, descontaminar a cabine e os materiais a serem utilizados com Solução descontaminante de moléculas residuais de RNAs / DNAs / amplicons /resíduos de proteínas de superfícies, entre as quais DNAses/RNAses e/ou Álcool 70%; e
As micropipetas utilizadas para o preparo do mix de reação e adição das amostras devem ser exclusivas para tais finalidades.
Preparar o mix de reação de acordo com protocolos validados e específicos para o agente pesquisado (vírus da PRRS), em quantidade suficiente para o número de amostras a serem testadas, considerando algumas a mais;
Adicionar o mix de reação a cada poço da microplaca (ou microtubos); e
Preparar o gel de agarose em concentração adequada ao protocolo de PCR utilizado. Adicionar um corante para ácidos nucleicos em proporção suficiente para visualização das bandas;
Para a corrida das amostras, adicionar tampão de carregamento (loading buffer) ao produto de PCR;
Aplicar marcador de peso molecular em um dos poços do gel;
Realizar a corrida em cuba de eletroforese, utilizando o tempo e a voltagem adequados para o volume do gel e o protocolo de PCR utilizado; e
Visualizar o gel sob luz ultravioleta, fotografar com o auxílio de um fotodocumentador e analisar o resultado.
Após um período mínimo de 90 dias da realização das análises, as amostras negativas poderão ser descartadas,registrando-se nos formulários próprios e conferidas antes do descarte;
Os materiais descartados devem ser separados adequadamente entre resíduos químicos e biológicos; e
O laboratório deve assegurar a biosseguridade dos resíduos gerados e seguir as legislações ambientais vigentes para o descarte.
A extração pode ser realizada de forma automatizada ou manual, através de kits de extração de RNA ou reagentes específicos para o tipo de material a ser analisado, seguindo as recomendações do fabricante;
Não utilizar reagentes após a data de validade e não misturar reagentes de lotes diferentes; e
Adicionar as seguintes amostras controle a cada procedimento de extração: controle NÃO DETECTADO (água ou tecido bovino ou suíno).
¶Reação de amplificação de ácido nucleico por PCR em tempo real com transcrição reversa RT-qPCR
Realizar o ensaio em duas áreas separadas: uma para o preparo do mix de reação (sala de pré-PCR) isenta de material genético e amplicons, e outra para a transferência de DNA para placa ou microtubos (sala de PCR);
Antes e após o preparo do mix de reação, descontaminar a cabine e os materiais a serem utilizados com solução descontaminante de moléculas residuais de RNAs / DNAs / amplicons /resíduos de proteínas de superfícies, entre as quais DNAses/RNAses e/ou álcool 70º INPM; e
As micropipetas utilizadas para o preparo do mix de reação e adição das amostras devem ser exclusivas para tais finalidades.
Preparar o mix de reação de acordo com protocolos validados e específicos para o agente pesquisado (vírus da PRRS), em quantidade suficiente para o número de amostras a serem testadas, considerando algumas a mais;
Após o preparo do mix, adicionar o RNA nos poços da placa ou em microtubos para leitura óptica;
A adição de DNA e das amostras controle deve ser realizada em uma área distinta do preparo do mix (sala de PCR);
Devem ser incluídos nas análises:
Controle DETECTADO para PRRS;
Controle NÃO DETECTADO da extração;
Branco (água livre de nucleases);
Controle DETECTADO e NÃO DETECTADO do kit utilizado (se houver).
Selar a placa com adesivo óptico ou fechar a tampa dos microtubos. Verificar se há bolhas no fundo do poço e/ou gotículas na parede dos poços da placa ou tubo. Caso isto ocorra, centrifugar brevemente para reduzir as bolhas e para que o conteúdo se posicione na parte inferior da placa ou tubo;
Iniciar e entrar com os dados no software do termociclador (identificação das amostras e seleção dos fluoróforos), conforme especificações do fabricante;
Inserir a placa ou os tubos no termociclador, salvar o arquivo e iniciar a corrida; e
Ao finalizar, salvar os dados e interpretar os resultados.
Para a validação do ensaio, o controle DETECTADO deve apresentar uma curva sigmoide (em forma de S) e um Cq satisfatório;
O controle NÃO DETECTADO deve ter Cq indeterminado ou maior que o limite definido pelo fabricante do kit. O gráfico do controle NÃO DETECTADO deve apresentar traços de fluorescência na linha de base durante todo o ensaio. Esses traços não devem apresentar curva sigmoide ou um aumento gradual na fluorescência.
Ao analisar os resultados da corrida, o operador deve avaliar os seguintes componentes: controle DETECTADO, controle NÃO DETECTADO, controle da extração, background de fluorescência e gráficos de amplificação de cada amostra individualmente. Após a validação do ensaio, interpretar os resultados conforme especificações do fabricante;
O limiar de Cq a ser considerado DETECTADO deve ser avaliado conforme definido na verificação desempenho da técnica ou conforme consta a literatura;
O limiar de Cq a ser considerado DETECTADO deve ser avaliado conforme definido na verificação desempenho da técnica ou conforme consta a literatura;
Qualquer amostra questionável deverá ser retestada; e
Amostras positivas devem ser submetidas a sequenciamento para genotipagem viral.
Após um período mínimo de 90 dias da realização das análises, as amostras negativas poderão ser descartadas, registrando-se nos formulários próprios e conferidas antes do descarte;
Os materiais descartados devem ser separados adequadamente entre resíduos químicos e biológicos; e
O laboratório deve assegurar a biosseguridade dos resíduos gerados e seguir as legislações ambientais vigentes para o descarte.
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