¶ REGRAS PARA ANÁLISE DE SEMENTES - RAS (2025)
¶ Capítulo 6 - Exame de Sementes Infestadas (rev. 1)
¶ Folha de rosto
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Coordenação dos trabalhos técnicos: Júlio César Garcia - (LASO/LFDA-MG)
Equipe Técnica:
| Alessandra de Oliveira Pulcineli - (LASO/LFDA-GO) | Maria Izabel Furst Gonçalves - (LASO/LFDA-MG) |
| Érica Cardoso Vilela Barbara - (LASO/LFDA-GO) | Maria Paula Domene - (LASO/CATI) |
| Ernesto do Nascimento Viegas - (CGAL/DTEC) | Matheus Emanuel de Queiroz - (LASO/LFDA-MG) |
| Fábio Lopes da Cruz - (LASO/LFDA-MG) | Melissa Yurie Toguchi - (LASO/LFDA-GO) |
| Fabrício Pedrotti - (CGAL/DTEC) | Nilson C. Castanheira Guimarães - (CGAL/DTEC) |
| Henrique Martins Sant’Anna - (LASO/LFDA-RS) | Patrícia Branco Piano - (LASO/LFDA-RS) |
| Henrique Sérgio Lima - (LASO/LFDA-PE) | Patrícia Ribeiro Cursi - (LASO/CATI) |
| Hiromi S. Y. Sassagawa Sant’Anna - (LASO/LFDA-RS) | Sylvia T. B. de Oliveira Sabino - (LASO/LFDA-PE) |
| Luiz Artur Costa do Valle - (LASO/LFDA-MG) | Vitor Breda Bezerra Rego - (LASO/LFDA-RS) |
| Magda Birck Garcia - (LASO/LFDA-RS) |
¶ Folha resumo
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Macroprocesso: Laboratório |
Objetivo: Definir os métodos oficiais a serem utilizados nas análises para identificação e verificação da qualidade de lotes de sementes a serem comercializados no mercado interno. |
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Processo: Análise de sementes |
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Entrega: Garantia de identidade e qualidade de lotes de sementes. |
Público alvo e demais interessados: Laboratórios de análise de sementes credenciados no Renasem |
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Setor responsável e responsabilidades A Coordenação-Geral de Laboratórios Agropecuários – CGAL, vinculada ao Departamento de Serviços Técnicos - DTEC da Secretaria de Defesa Agropecuária – SDA, do Ministério da Agricultura e Pecuária – MAPA é o órgão responsável pela Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária e possui dentre suas atribuições estabelecer, uniformizar e oficializar métodos para a realização de análises. |
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¶ 6.0 ESCOPO
Este capítulo trata da metodologia do Exame de Sementes Infestadas de espécies não florestais.
Apesar de não se tratar de uma análise exigida para espécies florestais, se houver interesse do requerente, poderá ser utilizada como determinação adicional para espécies florestais.
¶ 6.1 OBJETIVO
Determinar a porcentagem de sementes de um lote danificado por insetos, como por exemplo: gorgulho-do-milho (Sitophilus zeamais); traça-dos-cereais (Sitotroga cerealella); caruncho-das-tulhas (Araecerus fasciculatus); gorgulho-do-feijão (Zabrotes subfasciatus e Acanthoscelides obtectus); gorgulho-do-trigo e do arroz (Sitophilus oryzae); traça-indiana-da-farinha (Plodia interpunctella); broca-do-café (Hypothenemus hampei); lagarta-rosada (Pectinophora gossypiela) e outros.
Nota 1: A infestação de sementes pode ocorrer no campo ou durante o período de armazenamento, com prejuízo à qualidade do lote e o comprometimento da comercialização, devido à rápida proliferação dos insetos.
Nota 2: Essa determinação será obrigatória somente quando estiver prevista no padrão de identidade e qualidade da espécie a ser analisada, inclusive nas reanálises para revalidação de Testes de Germinação.
Nota 3: Quando for prevista no padrão de identidade e qualidade da espécie a ser analisada a verificação da ocorrência de brocas vivas, esta deve ser executada simultaneamente com a contagem das sementes no Exame de Sementes Infestadas.
Nota 4: Para sementes de milho (Zea mays), alternativamente, o Exame de Sementes Infestadas pode ser realizado com o uso da técnica de Raios X (ver Capítulo 11 “Teste de Raios X” destas RAS).
¶ 6.2 PRINCÍPIO
Devem ser consideradas danificadas por insetos as sementes que contenham ovo, larva, lagarta, pupa, inseto adulto e as que tenham orifício de saída do inseto, quer tenham sido danificadas por uma única espécie de inseto ou por várias.
¶ 6.3 PROCEDIMENTO
Esse exame deve ser executado com duas repetições de 100 sementes puras cada, retiradas ao acaso da porção “Semente Pura” ou da amostra média.
1. Examinar individualmente as 100 sementes secas das duas repetições procurando por orifícios de saída de insetos (ver Figura 6.1). Separar as sementes perfuradas encontradas em cada repetição, contá-las, registrar o número encontrado como sementes infestadas e a seguir descartá-las.
2. As demais sementes de cada repetição, aparentemente não danificadas por insetos, devem ser imersas em água por tempo suficiente para amolecê-las, usualmente de 12 a 24 horas, sendo permitido o uso de água aquecida para acelerar o amolecimento e facilitar o corte das sementes.
3. Cortar as sementes individualmente de forma a assegurar uma perfeita observação das estruturas internas infestadas (ver Figura 6.2). Se necessário, como em sementes com formatos irregulares ou de tamanho maior, é possível fazer mais de um corte nas sementes.
4. Registrar o número de sementes de cada repetição que apresentarem orifícios causados por insetos, ovo, larva, lagarta, pupa ou inseto adulto internamente. Não devem ser consideradas como sementes infestadas, aquelas com danos causados por microrganismos (deterioradas) ou picadas por percevejos (ver Figura 6.3).
5. Somar ao número de sementes perfuradas de cada repetição registrado anteriormente (sementes secas) para obter o número total de sementes danificadas por insetos por repetição.
¶ 6.4 CÁLCULO E INFORMAÇÃO DE RESUTADOS
O resultado é a média das sementes danificadas por insetos das duas repetições e expresso em porcentagem, com uma casa decimal.
Exemplo:
Repetição 1 (R1) = furadas (2) + com presença de inseto (1) = 3 sementes infestadas
Repetição 2 (R2) = furadas (2) + com presença de inseto (2) = 4 sementes infestadas
Total = R1 + R2 = 3 + 4 = 7 sementes infestadas
Resultado a ser reportado = 7 sementes infestadas ÷ 2 repetições = 3,5%
¶ 6.5 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Exame de Sementes Infestadas. In: Regras para Análise de Sementes. Brasília, DF: Secretaria de Defesa Agropecuária, 2009. Cap.10, p.341-342.
BRASIL. Instrução Normativa nº 35, de 29 de novembro de 2012 (estabelece normas de produção e comercialização de material de propagação de cafeeiro e os seus padrões, com validade em todo o território nacional). Diário Oficial da União: Brasília, DF, de 03 de dezembro de 2012. Seção 1, p.11-22.
BRASIL. Instrução Normativa nº 45, de 17 de setembro de 2013 (estabelece padrões de identidade e qualidade para produção e comercialização de sementes de diversas culturas). Diário Oficial da União: Brasília, DF, de 20 de setembro de 2013. Seção 1, p.6-27.
¶ 6.6. HISTÓRICO DE REVISÕES
| Versão | Conteúdo alterado | Data | Motivo |
|---|---|---|---|
| 1 | - | 28/03/2025 | Criação do documento |