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Elaboração, distribuição, informações:
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Secretaria de Defesa Agropecuária - SDA
Departamento de Saúde Animal – DSA
Coordenação Geral Sanidade Animal - CGSA
Coordenação de Animais Terrestre - CAT
Divisão de Sanidade Avícola -DISAV
Esplanada dos Ministérios, Bloco D – 3° andar, Sala 322-A
Brasília/DF - CEP: 70.043-900 Tel: (61) 3218 – 2780 / 3218 -2782 / 3218-3039
e-mail: pnsa@agro.gov.br
Site: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/saude-animal/programas-de-saude-animal/pnsa
Coordenação Editorial: Assessoria Especial de Comunicação Social
Grupo Técnico: Bruno Rebelo Pessamílio, Daniela de Queiroz Baptista, Diego de Menezes Britto, Dilmara Reischark, Priscila Nogueira Ferraz Pereira
Macroprocesso: 22 - Prevenção, controle e erradicação de doenças e pragas |
Objetivo: O objetivo deste manual é orientar o Serviço Veterinário Oficial e Médicos Veterinários Responsáveis Técnicos pelos estabelecimentos avícolas para a colheita, armazenamento e encaminhamento de amostras destinadas ao diagnóstico das doenças contempladas no Programa Nacional de Sanidade Avícola- PNSA, originárias dos atendimentos de vigilância ativa e passiva.
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Processo: 22.04 - Regulamentar as ações de saúde animal e sanidade vegetal |
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Entrega: Sanidade dos animais e das plantas |
Público alvo e demais interessados: Público interno: Serviço Veterinário Oficial e Médicos Veterinários |
Versão do documento: 1.0 |
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Setor responsável e responsabilidades A Coordenação Geral de Inspeção do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal é responsável pela elaboração, atualização e envio para aprovação deste manual, tendo responsabilidade quanto aos procedimentos descritos no documento |
BHI: Brain Heart Infusion;
DSA: Departamento de Saúde Animal
FORM-IN: Formulário de Investigação de doença Inicial
FORM-LAB: Formulário de Colheita de Amostras
IATA- International Air Transport Association - Packing Instruction I 650
LFDA: Laboratório Federal de Defesa Agropecuária
MEM: Meio Essencial Mínimo
PBS: Solução Salina Tamponada com Fosfato
PNSA: Programa Nacional de Sanidade Avícola
SDA: Secretaria de Defesa Agropecuária
SVO: Serviço Veterinário Oficial (federal e estadual)
PCR: Reação em cadeia da polimerase
qPCR: Reação da transcriptase reversa seguida de reação em cadeia da polimerase
TPB: Triptose Fosfato Tamponado
O presente manual possui vigência e prazo indeterminado e será revisado sempre que necessário, no mínimo anualmente, pelo Departamento de Saúde Animal (DSA) e aprovada pela Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA).
A gestão desse manual está sob a responsabilidade do Departamento de Saúde Animal (DSA), que prestará auxílio ao público-alvo leitor. Dúvidas e/ou sugestões quanto a aplicação deste manual deve ser submetidas ao Departamento responsável.
A publicação e atualização das versões na plataforma oficial da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) para acesso pelo público-alvo será de responsabilidade da Secretaria representada pelo Departamento de Saúde Animal (DSA).
O objetivo deste manual é orientar o Serviço Veterinário Oficial e Médicos Veterinários Responsáveis Técnicos pelos estabelecimentos avícolas para a colheita, armazenamento e encaminhamento de amostras destinadas ao diagnóstico das doenças contempladas no Programa Nacional de Sanidade Avícola- PNSA, originárias dos atendimentos de vigilância ativa e passiva.
Neste sentido, o manual apresenta orientações gerais sobre:
Considerando que a confiabilidade dos ensaios realizados para o diagnóstico laboratorial das doenças animais é criticamente dependente da qualidade e adequação das amostras colhidas para análise, vimos por meio deste reforçar e atualizar as orientações sobre os tipos de materiais a serem empregados para a colheita de amostras que se destinam ao diagnóstico das doenças contempladas no PNSA, assim como sobre a importância do acondicionamento e manutenção da cadeia de frio durante o processo de transporte de amostras.
Tais orientações se fazem necessárias a fim de se evitar a possibilidade de detecção de inadequações em materiais encaminhados aos laboratórios pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO), para o diagnóstico das doenças contempladas no PNSA. Dentre as inadequações que podem ser encontradas, destacam-se as seguintes:
Inadequações como as mencionadas inviabilizam a realização dos ensaios, levando ao descarte das amostras encaminhadas e, consequentemente, trazendo prejuízo às ações de Defesa Sanitária Animal.
De acordo com referências internacionais (Fereidouni et al., 2012; Spackman et al., 2013; Takeuti et al., 2017), os suabes mais adequados para colheita de amostras destinadas aos ensaios moleculares e convencionais, em ordem de desempenho, são:
Os 3 primeiros suabes, devido a características inerentes aos produtos e técnicas utilizados para sua confecção, permitem a rápida absorção e fácil liberação das células aderidas a sua superfície. Na impossibilidade de utilização de um destes 3 primeiros tipos de suabes, pode-se optar pelo uso dos suabes de rayon com haste plástica.
Na produção dos tradicionais suabes de algodão com haste de madeira são utilizadas substâncias que podem interferir seriamente no desempenho dos testes laboratoriais empregados, prejudicando a sensibilidade dos mesmos e podendo gerar resultados falso-negativos. Portanto, suabes de algodão, suabes alginatados e suabes com haste de madeira não devem ser empregados, sendo considerados inadequados para análise e rejeitados.
COMO FAZER?
Durante o processo de colheita de amostras, deve ser dada especial atenção à contenção e ao acondicionamento dessas, incluindo a adoção de medidas de segurança biológica que visam evitar a contaminação do meio ambiente e a exposição de outros animais e seres humanos a materiais potencialmente infecciosos, além de prevenir a contaminação cruzada entre amostras. O acondicionamento de amostras em materiais inadequados oferece risco à saúde do pessoal envolvido na embalagem, transporte e manipulação laboratorial das amostras, em virtude da possibilidade de extravasamento do conteúdo por quebra de frascos ou insuficiente vedação da tampa.
Não se recomenda a utilização de frascos do tipo “coletor universal”, uma vez que esses não possuem vedação adequada, nem a utilização de frascos de vidro, uma vez que pode haver quebra dos recipientes durante o transporte, expondo o pessoal envolvido com a manipulação do material a acidentes. Portanto, o envio de amostras nesses materiais deve ser evitado.
As amostras devem ser lacradas com lacres plásticos numerados e invioláveis, além de embaladas de forma a seguirem os parâmetros e regras relativos ao manuseio e transporte de amostras biológicas, sempre visando o cumprimento das normas de biossegurança e bioproteção. Para tanto, recomenda-se fortemente a utilização de sistema de tripla embalagem padronizada pela International Air Transport Association (IATA Packing Instruction I 650).
As amostras de soro devem ser acondicionadas individualmente em frascos ou microtubos plásticos inquebráveis. Não encaminhar amostras de soro em frascos quebráveis ou seringas.
Quando forem colhidas amostras de soro de mais de uma espécie de ave, é importante que a identificação da espécie seja inserida no frasco.
Amostras de soro lipêmicas, hemolisadas e contaminadas devem ser descartadas na origem.
Quando possível, colher de 3 a 5% a mais de amostras de soro para compensar aquelas que possam vir a ser descartadas.
Não encaminhar amostras de sangue total ao laboratório. Frascos, microtubos ou seringas contendo sangue total são descartados.
Os órgãos devem ser encaminhados em fragmentos de 3 a 4 cm3 para cada órgão, sendo esta quantidade suficiente para o diagnóstico das doenças. Não é recomendado o encaminhamento de órgãos inteiros.
Os órgãos devem ser enviados em pools por sistemas orgânicos, sem que sejam misturados no mesmo pool órgãos de sistemas diferentes (ex.: pool de órgãos do sistema digestório, pool de órgãos do sistema respiratório, pool de órgãos do sistema respiratório, etc.).
Recomenda-se a utilização de sacos para amostragem estéreis, com fechamento em fio de aço inox revestido ou similar, ou uso de frascos ou tubos plásticos inquebráveis com fechamento hermético, como do tipo Falcon.
Os órgãos podem ser encaminhados aos laboratórios em meios de transporte, refrigerados ou congelados, conforme orientações específicas para cada agente, detalhados nos itens 3 (Meios de Transporte) e 4 (Manutenção da Cadeia de frio).
Para amostras destinadas ao diagnóstico de salmonelas, recomenda-se o encaminhamento de uma quantidade aproximada de 8 gramas por pool de órgãos.
Para o diagnóstico dos sorovares contemplados no PNSA os órgãos de eleição são: fígado, baço, ovários e ovidutos e tonsilas cecais. Os órgãos podem ser agrupados separadamente em pools de até 5 aves.
Para influenza aviária e doença de Newcastle devem ser colhidos os seguintes materiais, dando preferência à colheita de fragmentos de áreas com lesões macroscópicas:
Para amostras destinadas à pesquisa do vírus da laringotraqueíte infecciosa aviária por técnicas de biologia molecular (PCR ou qPCR) ou isolamento viral, recomenda-se que não sejam encaminhadas ao laboratório as cabeças inteiras.
A necropsia deve ser realizada na propriedade e os fragmentos dos órgãos de eleição (traqueia, pulmão e gânglios trigêmeos) devem ser encaminhados preferencialmente em tubos plásticos.
Os ovos bicados devem ser acondicionados em pools de no máximo 30 ovos bicados/pool.
As amostras devem ser enviadas refrigeradas e sem meio de transporte.
Os suabes devem ser mantidos úmidos, acondicionados em frascos ou tubos plásticos inquebráveis, com boa vedação para minimizar a ocorrência de acidentes e o risco de exposição humana a agentes infecciosos, e conter o meio de transporte recomendado.
Para a colheita de suabes de cloaca, recomenda-se que sejam feitos pools de até 50 suabes de cloaca em com 1 ml de meio de transporte por suabe.
Para colheita de suabes de arrasto ou propés, umedecer previamente a superfície de colheita com água peptonada tamponada a 1% ou solução fisiológica. Deve-se garantir que todas as áreas do galpão sejam amostradas, de modo que cada metade dos suabes de arrasto ou propés represente cerca de 50% da superfície da instalação. Após a colheita, os propés (virados ao contrário para não remover o material aderido) e suabes de arrasto devem ser colocados em saco plástico ou outro recipiente devidamente identificado e, preferencialmente, contendo meio de transporte. O material utilizado para suabe de arrasto também poderá ser utilizado para suabe de fundo de caixa realizado no alojamento de pintinhos.
A partir da mesma amostra pode ser feita a análise para todos os sorovares de salmonelas contemplados no PNSA, portanto, não é necessário o envio de alíquotas separadas para cada um dos agentes.
Para o diagnóstico de micoplasmas recomenda-se que sejam feitos pools de até 2 suabes de traqueia em 3 ml de meio de transporte.
A partir da mesma amostra pode ser feita a análise para todas as espécies de micoplasmas contempladas no PNSA, portanto, não é necessário o envio de alíquotas separadas para cada um dos agentes.
Os suabes de traqueia ou orofaríngeos são os materiais de eleição para detecção de influenza aviária em aves de produção, enquanto os suabes cloacais são os preferenciais para detecção em aves aquáticas. Tendo em vista as particularidades de cada espécie e de cada ensaio laboratorial empregado, sugere-se que sempre sejam colhidos suabes de cloaca e de traqueia, independente da espécie a ser amostrada.
Amostras oriundas de aves silvestres ou migratórias, aquáticas ou não, devem ser acondicionadas, preferencialmente, de forma individual, uma vez que estas espécies podem albergar mais de um subtipo viral e a formação de pools contendo material de mais de uma ave pode inibir a detecção de um ou mais subtipos.
Os suabes podem ser acondicionados individualmente (1 suabe de traqueia ou de cloaca/microtubo) ou em pools, com meios de transporte.
Para vigilância ativa, os pools devem ser constituídos por, no máximo, 10 suabes/pool excetuando a vigilância ativa em sítios de aves migratórias. Para a vigilância passiva, os pools deverão ser de, no máximo, 5 suabes/pool.
No momento da constituição dos pools é importante que seja mantida a proporção de 1 suabe/ml de meio de transporte e que os suabes de cloaca e de traqueia sejam agrupados separadamente.
Para a colheita de fezes frescas (preferencialmente cecais) e mecônio, as amostras devem ter aproximadamente um grama cada e devem ser acondicionadas em pools de no máximo 300 amostras/pool.
As amostras devem ser colhidas em diferentes pontos distribuídos ao longo do galpão, enviadas refrigeradas e sem meio de transporte.
Os suabes devem ser sempre acondicionados em meio de transporte, uma vez que a detecção do ácido nucleico e/ou a recuperação do microrganismo podem ser prejudicadas se os suabes forem mantidos e transportados secos.
Adicionalmente, é importante atentar-se para o tipo e a proporção de meio de transporte a ser utilizado para a colheita e transporte das amostras. Dessa forma, devem ser atendidas as especificações dos meios para cada tipo das doenças contempladas pelo PNSA, além de se manter a proporção adequada de suabes/ml de meio de transporte.
Os meios de transporte devem ser adicionados nos frascos ou tubos plásticos de modo a recobrir totalmente os órgãos colhidos.
A seguir estão os meios de transportes a serem utilizados para as doenças contempladas pelo PNSA, ressaltando-se que outros meios podem ser utilizados mediante prévia consulta e aprovação do DSA.
QUAL MEIO UTILIZAR?
4.4.1 Meios de transporte para salmonelas
4.4.2 Meios de transporte para micoplasmas
4.4.3 Meios de transporte para influenza aviária, doença de Newcastle e laringotraqueíte infecciosa aviária
Todos os meios devem conter antibióticos e devem ser formulados de acordo com o Plano de Contingência para Influenza Aviária e Doença de Newcastle.
Em casos de investigação de suspeitas prováveis de influenza aviária ou doença de Newcastle em que os meios de transporte preconizados não estejam disponíveis, os suabes poderão, excepcionalmente, ser acondicionados em solução salina tamponada com fosfato (PBS pH 7 - 7.2) ou em solução salina para lentes de contato (solução simples, não desinfetante). Como os resultados dos testes laboratoriais podem ser alterados pelo uso dessas soluções, salienta-se que as mesmas só devem ser utilizadas em casos excepcionais e sua utilização deve ser claramente informada nos documentos de encaminhamento das amostras.
Os suabes não devem ser encaminhados sem meio de transporte, pois a falta de umidade pode levar à inativação dos agentes a pesquisar. Suabes que cheguem secos ao laboratório são considerados inadequados para análise e rejeitados.
COMO FAZER?
A manutenção da cadeia de frio do momento da colheita ao processamento do material no laboratório é um ponto crítico do processo. Portanto, é imprescindível que a temperatura de armazenamento das amostras seja mantida desde a origem e durante todo o transporte. Variações de temperatura no decorrer deste processo podem levar à inativação dos agentes infecciosos que se deseja pesquisar, com consequente obtenção de resultados falso-negativos. Do ponto de vista prático, se um determinado material é mantido sob refrigeração (2 a 8°C) na origem, a mesma temperatura deverá ser mantida durante todo o transporte.
A quantidade e tipo de material refrigerante a ser utilizado depende do tipo de embalagem que será utilizada, do tempo de trânsito da amostra, da quantidade de material que precisa ser refrigerado, da temperatura desejada durante o transporte e da estação do ano.
Em virtude da complexidade envolvida no processo, não é possível estabelecer proporções de acumuladores de frio em função da quantidade de material a ser transportado. No entanto, alguns cuidados podem ser tomados a fim de minimizar a ocorrência de rejeições por condições inadequadas de conservação.
As amostras devem ser enviadas ao laboratório no menor lapso de tempo possível. Períodos prolongados de armazenamento, especialmente em temperaturas inadequadas, podem levar à inativação dos agentes a serem pesquisados.
Nunca devem ser utilizados congeladores de refrigeradores domésticos para o armazenamento dos materiais. É preferível manter o material sob refrigeração ou em gelo seco.
Evitar ciclos sucessivos de congelamento e descongelamento.
Quando a distância a ser percorrida pelo material for grande e este puder ser mantido congelado, dar preferência à utilização de gelo seco. Neste caso, deve-se tomar o cuidado de utilizar embalagem dupla a fim de que o gelo seco não entre em contato direto com as amostras. Lembramos que o transporte de gelo seco possui regulamentações específicas e estas precisam ser observadas.
Quando for necessária a utilização de acumuladores de frio (como gel eutético ou gel refrigerante), não é aconselhado que estes entrem em contato direto com as amostras, pois isso pode levar ao congelamento indesejado de parte do material. A fim de evitar este problema, recomenda-se a utilização de separadores isotérmicos (placas de isopor, por exemplo), que têm por função manter o material refrigerante afastado das amostras e auxiliar no isolamento térmico.
No momento do acondicionamento dos acumulares de frio dentro da caixa de transporte, é importante que a maioria deles seja colocado na parte de cima, pois o ar frio desce. Segundo informações encontradas na literatura, quando a capacidade isolante da embalagem de transporte não for boa sugere-se colocar 30% dos acumuladores na parte de baixo e 70% deles na parte superior da caixa.
Os espaços vazios dentro da caixa devem ser preenchidos (com papel ou isopor, por exemplo) a fim de evitar a movimentação do material nela contida e auxiliar no isolamento térmico.
Atentar para o fato de que existem gelos recicláveis específicos para manutenção da refrigeração ou do congelamento. Sendo assim, a utilização do produto equivocado pode comprometer a qualidade das amostras.
COMO ACONDICIONAR?
4.5.1 Manutenção da cadeia de frio – instruções adicionais para salmonelas e micoplasmas
Amostras destinadas ao diagnóstico bacteriológico, incluindo as amostras de soro, devem ser mantidas sob refrigeração (2 a 8°C) por, no máximo, 72h (considerando aqui o período de trânsito ao laboratório). Não encaminhar amostras congeladas.
4.5.2 Manutenção da cadeia de frio – instruções adicionais para influenza aviária, doença de Newcastle e laringotraqueíte infecciosa aviária
Amostras destinadas ao diagnóstico virológico podem ser mantidas sob refrigeração (2 a 8°C) por até 96h (considerando aqui o período de trânsito ao laboratório) ou congeladas a -80°C ou temperaturas inferiores se houver necessidade de armazenamento por períodos superiores a 72h.
A manutenção de suabes e órgãos a -20°C não é indicada, pois os vírus da doença de Newcastle e da influenza aviária são sensíveis a esta temperatura. Amostras de soro podem ser mantidas sob refrigeração (2 a 8°C) ou congeladas (-20°C).
COMO FAZER?
É recomendável que o transporte do material ao laboratório não ultrapasse 2 dias. Sendo assim, a utilização de serviços de transporte rápido é a forma mais adequada de encaminhamento.
Evitar, salvo para as colheitas de amostras de suspeita provável de doenças de notificação obrigatória, realizar as remessas de material ao laboratório durante os finais de semana e feriados, pois o tempo de trânsito nestes casos pode ser ainda maior, aumentando o risco de perda e/ou extravio do material. Mas quando necessário o encaminhamento dessas amostras ao LFDA -SP, o laboratório deverá ser comunicado com a maior brevidade possível. Para tanto, solicita-se que seja encaminhado e-mail aos endereços avi.lfda-sp@agro.gov.br e rec.lfdasp@agro.gov.br contendo as seguintes informações mínimas:
Em casos excepcionais, o LFDA-SP poderá realizar a retirada de amostras de suspeitas prováveis no aeroporto de Viracopos, quando não for possível despachar o material para entrega diretamente no laboratório. Nesses casos, o SVO deverá informar, adicionalmente, o número do conhecimento aéreo e colocar em cópia o endereço sag.lfda-sp@agro.gov.br . Ressalta-se que as companhias aéreas possuem regras próprias e horários definidos para liberação das remessas. Sendo assim, o responsável pelo envio das amostras deverá se informar previamente sobre o horário em que a remessa estará disponível para retirada por um representante autorizado do LFDA-SP. Essa informação também deverá ser repassada ao Laboratório nos endereços eletrônicos informados anteriormente.
Contatos telefônicos para comunicação de encaminhamento emergencial de amostras podem ser feitos em um dos números a seguir, mesmo fora do horário de expediente: (19) 3254-2329 / (19) 3254-2452 / (19) 3253-1461 / (19) 3253-2388 / (19) 3253-7630.
Fereidouni SR, Globig AA, Starick E, and Harder TC. Effect of swab matrix - storage time - temperature on detection of AI RNA. Avian Diseases 56:955–958, 2012.
Killian ML. Avian influenza virus sample types, collection, and handling. Methods Mol Biol. 2014;1161:83-91.
Memorando nº 258/2016/DSA-SDA/MAPA Assunto: Orientações sobre colheita, armazenamento e encaminhamento de amostras destinadas ao diagnóstico das doenças contempladas no PNSA (SEI: 1343963/ Referência Processo nº 21053.001224/2016-69)
Spackman. E, Pedersen JC, McKinley ET and Gelb Jr J. Specimen collection and transport methods for the detection of avian influenza virus and Newcastle disease virus BMC Veterinary Research 2013, 9:35.
O sucesso das análises laboratoriais está diretamente relacionado à qualidade do material colhido e encaminhado. Sendo assim, cabe ao profissional de campo a responsabilidade pela manutenção da integridade e qualidade das amostras desde a colheita até a remessa ao laboratório. Portanto, recomenda-se fortemente que o Serviço Veterinário Oficial disponha de materiais e serviços adequados para a colheita, armazenamento e o envio de amostras aos laboratórios, preservando todas as condições ideais e orientações repassadas por este documento.
Versão | Conteúdo alterado | Data | Motivo |
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1.0 | Elaboração do documento | 12/09/2022 | Elaboração do documento |
Clique aqui para baixar o Anexo I
A – PREENCHIMENTO:
Este formulário deverá ser utilizado sempre que for realizada vigilância ativa em aves, de acordo com o PNSA. Em caso de suspeita de ocorrência de enfermidades, deve ser utilizado o Formulário de Investigação de Doenças (Inicial) – FORM IN.
B – ENVIO:
Esse formulário deverá ser enviado ao laboratório, acompanhado das amostras laboratoriais colhidas.
C – PREENCHIMENTO DOS CAMPOS:
Segue abaixo a instrução para preenchimento de determinados itens que necessitam de maiores explicações.
Identificação da amostra
Campo 1 – Preencher o país de origem, quando for realizada colheita de material em aves e materiais genéticos importados.
Campo 2 – Preencher o responsável pela colheita do material, indicando o órgão que realizou a colheita, entre eles: Órgão Estadual de Defesa Sanitária Animal, SSA, VIGIAGRO ou RT (quando realizada colheita para certificação sanitária de salmonelas e micoplasmas).
Identificação do estabelecimento avícola
Campo 3 – Preencher o nome do estabelecimento avícola, ou do incubatório quando for o caso. Em caso de colheita em propriedades não comerciais, deve ser descrito os dados da referida propriedade. Para as colheitas em sítios de aves migratórias, deve ser descrito o nome do referido sítio e, caso tenham sido colhidos materiais das aves residentes nas propriedades de subsistência ao redor dos sítios, deve ser indicado também o nome da propriedade.
Campo 4 – Preencher o nº do registro do estabelecimento no órgão oficial responsável pelo seu registro.
Para estabelecimentos de criação de emas deve ser colocado também o nº de registro no IBAMA.
Campo 5 – Preencher o nome da empresa Avícola. Caso a propriedade for integrada, deve ser descrito o nome da empresa integradora.
Campos 6 – Preencher o endereço completo e os telefones da empresa avícola proprietária do estabelecimento. Caso a propriedade for integrada, devem ser descritos os dados da empresa integradora.
Identificação do Lote de Aves
Campo 7 – Preencher a idade do lote, especificando como está representada, em dias ou semanas. Em caso de aves de subsistência com várias idades na mesma propriedade, colocar o intervalo de idade das aves as quais foram utilizadas para colheita de materiais (Ex.:de 15 a 60 semanas).
Campo 8 – Preencher o nº de aves presentes no lote. Em caso de aves de subsistência, colocar o nº de todas as aves presentes no local.
Campo 9 – Preencher o nº total de aves presentes no estabelecimento avícola, incluindo todos os lotes. Em caso de aves de subsistência repetir o nº utilizado no campo 8.
Tipo de Aves
Campo 10 – Marcar um “X” no campo correspondente ao tipo de ave do estabelecimento. As aves silvestres e migratórias devem ser marcadas no mesmo campo. Em caso de aves de subsistência, marcar
os tipos de aves as quais foram utilizadas para colheita de materiais. Em caso de colheita de materiais em outro tipo não especificado, marcar o campo “Outros” e especificar qual é o tipo.
Tipo de exploração de aves
Campo 11 – Primeiro deve ser marcado um “X” no campo que indica se o estabelecimento corresponde a uma granja ou um incubatório. Depois, deve ser marcado outro “X” indicando o tipo de exploração do estabelecimento.
Caso tenha sido marcado “incubatório”, o tipo de exploração deverá ser indicado conforme consta nas categorias de estabelecimentos descritas na legislação de registro de estabelecimentios ex:
Incubatório / Matrizes – indica o estabelecimento importador, exportador e produtor de aves de 1 dia de aves de corte e postura comerciais.
Em caso do estabelecimento pertencer a outro tipo de exploração, marcar o campo “Outros” e especificar qual é o tipo.
Utilização de Vacina contra Doença de Newcastle
Campo 12 – Marcar um “X” no campo correspondente à situação do estabelecimento quanto a utilização de vacina para Newcastle. Caso tenha sido realizada a vacinação com vacinas vivas e inativadas, devem ser marcados os dois campos correspondentes.
Campo 13 – Preencher a data em que foi realizada a última vacinação, independente se foi utilizada vacina viva ou inativada.
Utilização de Vacina contra Salmonella Enteritidis
Campo 14 – Marcar um “X” no campo correspondente a situação do estabelecimento quanto a utilização de vacina para Salmonella Enteritidis. Caso tenha sido realizada vacinação com vacinas vivas e inativadas, devem ser marcados os dois campo correspondentes.
Campo 15 – Preencher a data em que foi realizada a última vacinação, independente se foi utilizada vacina viva ou inativada.
Tipo de Vigilância
Em caso de exportação, deve ser colocada no campo 20 “observações” o tipo de teste laboratorial que deve ser realizado, para cada agente a ser pesquisado, caso esteja especificado no Certificado Zoossanitário Internacional – CZI.
Agentes a pesquisar
Campo 17 – Marcar um “X” nos campos correspondentes aos agentes que devem ser analisados, de acordo com o propósito e a finalidade da vigilância que será realizada, instituída pelo PNSA.
Tipo de quantidade de Amostras Colhidas
Campo 18 – Marcar um “X” nos campos correspondentes às amostras que serão colhidas, adicionando ao lado a quantidade de cada um desse material colhido. Em caso de colheita de outros materiais que não constam na lista, marcar o campo “Outros” e especificar qual é o tipo.Caso esteja especificado o CZI.
Meio para conservação e transporte de amostras
Campo 19 – Preencher para cada tipo de material colhido, conforme descrito no campo 18, o meio utilizado para conservação e transporte do material (exemplo: MEM, caldo Frey, etc) bem como as suas datas de validade.
Observações
Campo 20 – Preencher qualquer informação que não couber nos espaços anteriores, e também qualquer outra informação que o responsável pela colheita julgue necessária para a realização e interpretação dos exames.
Declaração
Campo 22 – Em caso de colheita de materiais para certificação de núcleos para salmonelas e micoplasmas, o responsável técnico do estabelecimento deverá assinar a respectiva declaração.
Campo 16 – Marcar um “X” no campo correspondente ao tipo de vigilância que está sendo realizada.